terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Esquerda ou Direita

Ser de esquerda ou de direita é um rótulo que incomoda muitos tucanos (não todos). Esta terminologia ultrapassada e inapropriada está em desuso na maior parte do mundo. Todavia, ainda sobrevive no Brasil - devido à mídia e ao meio acadêmico - e na França, seus criadores. Tanto cá como lá o debate é totalmente estéril. Na maioria das vezes o que está por trás destes termos é a tentativa de separação entre o bem e o mal. Os esquerdistas se julgam como sendo do bem, enquanto a direita seria do mal. E vice-versa.

Quem, nos dias de hoje, poderia elencar as características necessárias para distinguir politicamente esquerda de direita? Quem poderia definir este conjunto de características como sendo do bem ou do mal? Esta definição (teórica) seria aceita consensualmente pela sociedade? Creio que a resposta mai provável para todas estas perguntas seria "não".

Então propomos que abandonemos o uso desta classificação extemporânea e passemos a debater princípios e idéias. Como já disseram: "não existe nada mais parecido com a direita do que a esquerda quando no poder".

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Reforma política

O PSDB tem como proposta uma ampla reforma política que inclui o voto distrital e o parlamentarismo, medidas que o Grupo Vozes Tucanas também defende. Todavia, acreditamos que uma pequena reforma poderia ser bastante significativa, embora dificilmente seria aprovada em plenário.
Nossa proposta paliativa constitui-se em que as votações nos legislativos fossem por bancada. Ou seja, seria computado o voto ponderado de cada partido. Desta forma, um partido que representasse 20% dos parlamentares, seu voto teria 20% de peso. Esta proposta visa dar mais clareza ao eleitor, resgatar o papel dos partidos, dificultar o fisiologismo e a corrupção. Os parlamentares discutiriam os projetos de lei com seus correligionários e levariam ao plenário a posição da bancada/partido/coligação. Assim o eleitor saberia o que pensa cada partido, ficando mais clara suas posições durante a campanha eleitoral e facilitaria ao eleitor cobrar coerência/compromissos do partido e do parlamentar assumidos durante a campanha. Eliminaria a corrupção de varejo (compra de voto parlamentar por parlamentar) e dificultaria também a corrupção por atacado.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Refundação ou Reaproximação

O grupo Vozes Tucanas acha o termo "refundação" inapropriado. Este termo sugere alterações no estatuto o que não seria o caso. O PSDB precisa de uma reforma na sua própria gestão e nenhuma alteração ideológica. Pelo contrário, nossos candidatos devem reaproximar-se mais aos princípios estatutários do partido. Então, o termo mais apropriado seria "REAPROXIMAÇÃO" ou "RETOMADA".

sábado, 13 de novembro de 2010

CPMF

Considerando as três bases clássicas de tributação – renda, consumo e patrimônio – a CPMF é uma anomalia por se tratar de bitributação.É uma bitributação sobre a renda já que após o pagamento do imposto de renda o contribuinte terá que pagar sobre qualquer movimentação da sua renda via sistema bancário.E é uma bitributação sobre o consumo porque sendo um imposto em cascata o ônus será repassado para os preços, assim, além dos impostos indiretos comuns, o contribuinte terá que arcar com mais um peso na hora de consumir.É regressivo porque quanto menor o nível de renda, maior o peso da CPMF sobre os contribuintes – ressaltando que os isentos de imposto de renda passarão a pagar imposto sobre a sua renda caso utilizem o sistema bancário.A desintermediação financeira pode se elevar caso famílias e empresas busquem alternativas ao sistema financeiro para fazerem seus pagamentos.A proposta eleva a carga tributária (tributos/PIB) concentrando mais recursos na União e não ataca o principal problema que é onde e como se gasta o dinheiro público.O curioso é governadores apoiando a iniciativa quando a legislação, a administração e o destino dos recursos são competências da União.
Liderau dos Santos Marques Jr, economista

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dilma e o PT se vingam

O mapa do resultado das eleições presidenciais mostra que o Brasil que paga impostos não queria Dilma como presidente, enquanto o Brasil que recebe as benesses pagas com o dinheiro dos impostos quer mais. O que Dilma-Lula-PT-PSB fizeram após consolidada a vitória da petista? Eles ressuscitaram a CPMF para punir aqueles que não votaram em Dilma.

domingo, 7 de novembro de 2010

A Retomada

Este blog esteve em recesso durante o período eleitoral propositadamente, tendo em vista ser esse um momento de emoções e aqui, neste espaço, pretendemos refletir mais racionalmente (pero sin perder la ternura jamás).
Portanto, declaramos reaberta a temporada de contribuições, sugestões e todo tipo de participação democrática.

Por que o PSDB perdeu?

Na política como no futebol vale a máxima: quando se ganha, todos ganham; quando se perde, todos perdem. Não existe um culpado ou culpados.
Numa análise preliminar, os dados referentes aos resultados das eleições para a presidência da República apontam para o seguinte: Dilma venceu por ampla margem nas regiões menos desenvolvidas considerando qualquer critério (expectativa de vida, pib, pib percapita, mortalidade infantil, etc.). As regiões se referem a estados, municípios e bairros (principalmente dos grandes centros urbanos).Nestas áreas os eleitores são mais sensíveis “à figura de um salvador, um líder carismático – desde que, é claro, os botões emocionais sejam acionados corretamente.” (http://narizgelado.apostos.com/2010/11/02/derrotados-pela-arrogancia/) Isto é, na falta de informação e na ausência de interesse em buscar mais informações, os eleitores tendem a dar mais peso à palavra do líder carismático. Outro dado, a generalização da opinião de que a política é um jogo de cartas marcadas e de que todos os partidos e políticos são iguais levam ao total descrédito da política. Assim, salvo um grande acontecimento, parece haver uma inércia que beneficia os atuais governantes.
Outro dado, a cultura de não reconhecimento da oposição como parte legítima do jogo político beneficia apenas o líder carismático e, por conseguinte, o seu grupo de apoio.Por fim, a constante recusa em aceitar que as conquistas econômicas e sociais resultaram, em boa medida, da continuidade da política econômica e dos programas sociais adotados no governo Fernando Henrique Cardoso contribui para criar o "mito" Lula. Ademais, uma competente rede de comunicação ajudou a blindar o "mito" e a sua candidata.
Liderau dos Santos Marques Jr, economista

domingo, 25 de julho de 2010

Futuro da Política Brasileira - Quem Substituirá a Velharia?

Considerando que nossas atuais lideranças políticas estão numa faixa etária avançada, questiono quem ocuparia os lugares destes quando eles deixarem a vida pública? No ano de 2030, provavelmente eles já não estarão tão ativos na política, embora muitos que hoje estão com mais de 60 anos ainda estarão vivos. Levando-se em conta que a maioria dos políticos brasileiros chega ao ápice de suas carreiras com mais de 50 anos de idade, então estes novos líderes já deveriam estar na vida pública na faixa de 25 a 35 anos de idade. Meu temor é que a política no Brasil fique ainda pior do que é hoje, pois não vejo jovens com vontade, formação técnica e espírito público que o capacite a liderar um país moderno.
Os partidos políticos têm um programa de formação de jovens lideranças? Se sim, por que eles não funcionam?

Política Externa Brasileira é Reprovada. De Novo!

A política externa brasileira sob o governo petista tem sido reprovada a cada teste a que é submetida a sua capacidade de liderança. Os ideólogos petistas não sabem que um líder deve ser mediador e ter uma proposta que acomode as partes conflitantes. Em todas as oportunidades em que a diplomacia petista foi chamada a atuar, agiu como a antiga URSS, optou por uma das partes e tentou aplicar a sua posição sem dar chance ao contraditório. Em nenhum dos casos afirmou sua liderança, não se mostrou um líder moderno capaz de mediar e solucionar, nem um líder imperial capaz de se impor. Para coroar o fiasco tem manchado a imagem da diplomacia brasileira pré-Lula.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Por Falar em Transparência

A Associação Contas Abertas divulgou hoje (14.jul.2010) ranking sobre os melhores sites de prestação de contas de governo do Brasil. Foram analisados 29 sites: do Governo Federal, dos 26 Estados e do Distrito Federal. A cada um foi atribuída uma nota, que a associação chama de “Índice de Transparência”.
Os estados governados pelo PSDB ficaram bem classificados. Destaque para São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Transparência pode não dar votos na próxima eleição, mas faz bem a Democracia e desta forma todos ganhamos no longo prazo.
Parabéns aos Tucanos, é assim que se faz Social Democracia.
Maiores informações no blog do Fernando Rodrigues do UOL:

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Democracia e Transparência

Geralmente cobramos transparência dos políticos e de dirigentes de órgãos públicos, cujo dever de ser transparente parece inquestionável. No entanto, raras vezes cobramos a transparência de empresas privadas e meios de comunicação. As empresas privadas devem manter uma relação transparente com o seu cliente e o mesmo é válido para os meios de comunicação. O que tem acontecido no Rio Grande do Sul demonstra uma falta de respeito da principal empresa de comunicação do estado me sua relação com os seus clientes/assinantes/leitores. A tal empresa tem manipulado informações de maneira a favorecer um candidato específico e ao mesmo tempo prejudicar uma certa candidata. O contraditório é que esta empresa tem feito campanha sistemática em prol da transparência, mas não age da mesma forma que prega. Distorcendo informações não permite que o eleitor possa escolher livremente e da melhor maneira possível a/o candidata(o) que deseja e isto é péssimo para a democracia. O Rio Grande do Sul merece uma cobertura melhor e mais transparente dos fatos que lhe diz respeito.

sábado, 3 de julho de 2010

Tema para Discussão: O PSDB é um Partido Popular?

O PSDB seria um partido popular porque, quando no poder, costuma atuar da forma que a maioria da população gostaria que um governo se comportasse. É um partido que respeita o dinheiro do contribuinte, defende as liberdades individuais, aceita o contraditório, compõe com outras forças políticas importantes, em suma, é um partido democrático e republicano. Outra característica é ser um partido que prioriza bons executivos na gestão do setor público, e sabe separar assuntos técnicos de assuntos políticos, tratando cada qual da forma mais adequada.
Enquanto isso, muitos de seus adversários políticos tentem a politizar todo e qualquer assunto. Quando estão no poder tentam solapar qualquer tipo de oposição e adotam políticas cujos os resultados sejam imediatamente percebidos nas urnas da eleição mais próxima. Adotam o estilo que chamamos de populista.
O desafio para o PSDB tem sido mostrar aos eleitores que populista é diferente de popular e que alguns resultados não podem ser obtidos de forma precoce, pois estes podem ser efêmeros.
Enviem seus comentários

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ventos Sopram a Favor

Parece que bons ventos sopram a favor da recondução de Yeda ao Piratini. Os indícios seriam a ampla adesão a sua recandidatura ao governo do estado. Embora as pesquisas indiquem números modestos de intenção de votos, Yeda (PSDB) consegue formar um bloco de partidos consistente para o início da campanha. Este fato leva-nos a crer que há muita gente apostando, mais uma vez, na candidata e nas propostas tucanas.
Afinal, por que tantos partidos aderem a sua candidatura? O mais natural seria apoiarem os candidatos que apresentam melhores posições, segundo as pesquisas pré-eleitorais. Talvez seja porque as eleições são decididas nas urnas pelos eleitores, e não nas pesquisas pelos institutos e seus métodos controversos.

domingo, 27 de junho de 2010

Responsabilidade Fiscal Para Todos – Direito e Dever dos Cidadãos

Durante as últimas décadas os países desenvolvidos pregaram, ou até mesmo impuseram, o ajuste fiscal para as economias em desenvolvimento. Fecharam os olhos para alguns países desenvolvidos que viviam e continuamente vivem com este problema cronicamente. A crise de 2008 que ainda está afetando algumas economias européias evidenciou (mais uma vez) que o gerenciamento das contas públicas – déficit fiscal e dinâmica da dívida pública – vale da mesma forma para todos os países.
O grupo Vozes Tucanas orgulha-se de verificar que esta tem sido a marca dos governos liderados pelo Partido da Social Democracia Brasileira e esperamos que assim continue sendo. Aproveitamos para lembrar aos nossos candidatos nesta eleição de 2010 que utilizem o período de campanha para a defesa deste ideal.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Passado, Presente e Futuro

A candidata da situação quer comparar sua biografia com a de seus adversários. No que se refere ao candidato tucano ela levará expressiva desvantagem. Serra a vence quando comparados tanto passados como presente e também futuro.

Pesquisas Perecíveis

O que aconteceu com as pesquisas feitas pelo PP e pelo PSB? O PP fez pesquisa para se cacifar e pressionar numa coligação com o PSDB, e no final das contas nem candidato a vice vão indicar. A pesquisa sob encomenda para Beto Albuquerque do PSB apontava que ele era o cara e ele desistiu. Pois é, a realidade faz as pesquisas desmoronarem.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Amostra auto-ponderada

Sobre o texto abaixo, retirado do sítio do TSE e apresentado como sendo a metodologia utilizada em pesquisas pré-eleitorais por alguns institutos, não dá para saber o que exatamente foi feito. Parece que sortearam, primeiro, cidades pelo tamanho, e depois preencheram quotas derivadas das variáveis de estratificação (sexo, idade, etc...). O procedimento seria legítimo se e somente se os eleitores de municípios de mesmo tamanho tivessem perfis de preferências políticas semelhantes. Ora, isso é uma tolice que, de tão grande e grosseira, chega às raias do inacreditável. Basta tomar alguns municípios de tamanhos parecidos e ver que não só os prefeitos são de coligações diferentes, mas a composição partidária das Câmaras de Vereadores apresenta uma senhora variabilidade. Se fizeram-no de fato, a pesquisa tem um erro metodológico tão severo que a inutiliza por inteiro.
Veja o texto: “A amostra é representativa do eleitorado em estudo, elaborada em dois estágios: No primeiro estágio fez-se o sorteio dos municípios tomando-se o número de eleitores residentes do município como critério para a estratificação da amostra. No segundo estágio, dentro de cada município foram aplicadas cotas amostrais, proporcionais em função de variáveis significativas, a saber: sexo, idade, escolaridade e nível sócio-econômico, de acordo com o perfil do eleitorado do estado. Devido à metodologia amostral adotada, a pesquisa é auto-ponderada, ou seja, as proporções do universo pesquisado estão previstas na amostra, não sendo necessário nenhum tipo de ponderação, quanto à sexo, idade, escolaridade e nível sócio-econômico. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada, considerando-se um modelo de amostragem aleatória simples, é de 2,6% pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.”

domingo, 2 de maio de 2010

Vozes Tucanas pauta ZH

O post abaixo sobre campanha antecipada foi enviado pelo editor deste blog ao jornal Zero Hora no sábado e o mesmo jornal publicou editorial no domingo com teor contrário à matéria que havia publicado no dia anterior na qual "especialista" defendeu o crime eleitoral e de lesa-democracia. A matéria não apresentou nenhum contraponto, obrigando o editorial fazer a ponderação, provavelmente em decorrência da ação do Grupo Vozes Tucanas.
Continuaremos atentos em defesa da Democracia e da Liberdade.

sábado, 1 de maio de 2010

Contra a Campanha Antecipada

O grupo Vozes Tucanas posiciona-se contra a campanha eleitoral antecipada.
A razão para utilizar-se o termo "antecipada" é que ela ocorre anteriormente ao permitido pela LEI. A social-democracia defende as instituições e a autonomia dos três poderes. O motivo para haver uma data específica para o início da campanha eleitoral é equilibrar as forças políticas e econômicas e garantir a transparência e simetria de informação para os eleitores. Caso o prazo não seja respeitado, os mais poderosos (em termos financeiros e detentores de mandato) terão vantagens sobre os demais candidatos. A mídia divulgou opinião de "ditos especialistas" defendendo a idéia de que todos ganham com a antecipação da campanha. NÃO É VERDADE. Poucos ganham, a maioria perde e principalmente perde a DEMOCRACIA.
Os poderes constituídos devem criar leis, aplicá-las e submeter-se à elas.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lula é Brasil; Brasil não é Lula

O sucesso atribuído ao presidente Lula é dele ou é do presidente do Brasil?
Somente teremos a resposta quando Lula deixar a presidência. O ex-presidente dos EUA, Bill Clinton no exercício da presidência da maior potência do mundo era quase onipresente no noticiário mundial e continua com bastante destaque mesmo após ter deixado o cargo. Já de seu sucessor G.W. Bush ninguém mais ouve uma só palavra. No Brasil, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu ótima inserção internacional durante seus dois mandatos, deixou a presidência com baixo (e injusto) índice de popularidade e mesmo assim continua respeitado no exterior por sua consistência intelectual e pelo que fez pelo Brasil. A propósito, no exterior os elogios a Lula sempre são ressalvados da competência de seu antecessor e da herança bendita que deixou. O caso de Mandela apresenta uma particularidade, pois o ex-presidente é maior que a Africa do Sul, algo raro no qual a personalidade é maior que a Nação. Atualmente, assim como sempre em sua história, o Brasil é maior do que qualquer um de seus cidadãos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tucanos celebram dia do trabalhador

O Secretariado Estadual de Relações Sindicais e Trabalhistas do PSDB-RS convida para:
I FÓRUM DOS TRABALHADORES DO PSDB-RS
à realizar-se em: 1º de maio de 2010 das 9:00 às 12:00 horas
Local: Plenário Ana Terra, Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre,
Av. Loureiro da Silva, 255
Maiores informações consulte: www.tucanotrabalhador.blogspot.com

terça-feira, 20 de abril de 2010

Free Rider attacks again

Se o PP fez as contas bem feitas, eles deveriam cair fora da coligação com Yeda. O que parece é que o raciocínio foi o seguinte:
Hipótese – (1) Yeda não tem chances e vamos aproveitar o palanque do Serra e o tempo de TV do PSDB para aumentar nossas bancadas. Se o PSDB aceitar, pode fechar as portas do partido.
Hipótese - (2) Yeda tem chances e o PP está divulgando mais uma pesquisa furada.
O PSDB não pode aceitar a coligação nas proporcionais com o PP, pois se Yeda vencer ficará mais uma vez refém de outros partidos, e se não vencer o PSDB ficará menor, com menos deputados e ainda sem o executivo. Caso o PSDB estivesse coligado com o PP nas últimas eleições teria perdido, pelo menos, 2 deputados estaduais.
A indicação do Vice e uma vaga para o Senado está de bom tamanho. Se o PP quiser mais que lance candidato próprio. Não se faz alianças para enfraquecer o parceiro e sim para se fortalecer face aos adversários.

TV Globo Jingle 45! ("censurado")

Abaixo segue o link para quem quiser assistir a vinheta da Globo "censurada" pelo PT que em Tensão Pré Eleitoral viu nele campanha subliminar pró-Serra.

http://www.youtube.com/watch?v=HL4cSJSidJs

Como a Globo tirou-o do ar, o PSDB poderia fazer um remake para campanha do Serra, utilizando o mesmo texto, só que com gente do povo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pesquisa Eleitoral - Datafolha - Presidente

O instituto Datafolha deve publicar esta semana mais uma pesquisa nacional de intenção de votos para presidente. A bizarrice da vez é misturar perguntas sobre futebol e política. Aguardaremos para ver se estabelecerão alguma relação entre política e, por exemplo, ser palmeirense ou corintiano, rico ou pobre, pouca ou muita escolaridade, nortista ou sulista.
A pesquisa também abordará as inundações de São Paulo e deslizamentos de terra no Rio de Janeiro.
PS: as ponderações dos municípios da última pesquisa da RBS não foram divulgadas.

domingo, 11 de abril de 2010

Chávez é brasileiro

Sem querer, o presidente venezuelano Hugo Chávez presta um relevante serviço à causa diplomática brasileira. Encabeçando o chamado “eixo do mal” na América Latina e se colocando sistematicamente contra os interesses dos países mais poderosos, Chávez oferece a oportunidade para o Brasil ser o contrapeso da política internacional na região.
Se o Brasil souber aproveitar a chance poderá obter grandes vantagens com isso e até mesmo conseguir a tão desejada cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. O presidente “bolivariano” trouxe conflito e insegurança para uma região que por décadas assistia a um marasmo do ponto de vista de política exterior, principalmente no quesito segurança.
Podemos citar alguns exemplos desta postura sinistra que transformara Chávez no “melhor ministro de relações exteriores” da história diplomática do Brasil desde o Barão de Rio Branco. Ele rompeu contratos desrespeitando o direito à propriedade privada de empresas estrangeiras instaladas na Venezuela, aliou-se às várias ditaduras mundo afora, iniciou uma corrida armamentista no antes pacato continente sul-americano e tem apoiado grupos terroristas ligados ao narcotráfico. Em resumo, o venezuelano envolveu-se com roubo, porte de armas, drogas e formação de quadrilha.
Os países desenvolvidos e democráticos, por diversos motivos, não querem envolver-se diretamente com tais problemas. Neste momento, surge a oportunidade para potências regionais ou médias com aspirações no cenário político internacional demonstrarem suas capacidades. Nestas ocasiões é que podem efetivamente afirmarem suas posições e comprovarem seu poder de resolução de conflitos internacionais.O problema é que durante os últimos anos nossa política externa foi dúbia. Não bateu de frente com as potências já estabelecidas ou com o status quo internacional, todavia manteve fortes relações com o chamado “eixo do mal” e foi frouxa na defesa do interesse nacional quando este foi atingido por ameaças ou ações efetivas. Desta forma, o Brasil tem perdido freqüentes oportunidades para fortalecer seus ideais e para consolidar-se como uma potência capaz de estabilizar sua região.
Mauro Salvo, Economista

sábado, 10 de abril de 2010

Assim Falou José Serra

Entrevista concedida pelo tucano José Serra à Revista Época em 10/04/2010:
O Grupo Vozes Tucanas endossa as palavras de nosso pré-candidato à presidência da República.
– O Brasil hoje, na comparação com o país da sua juventude, melhorou na oferta de oportunidades? Nos últimos 25 anos, o Brasil avançou bastante. Nós tivemos a redemocratização, uma Constituição que garantiu a democracia, a pluralidade e avanços sociais significativos. Nós tivemos também um fortalecimento da agricultura, um avanço de eficiência na indústria. Temos um sistema financeiro muito sólido. Conseguimos domar a superinflação com o Plano Real. Entramos numa era de responsabilidade fiscal. Avançamos muito na área da saúde, com o SUS, e na da educação, no que se refere à inclusão. Reduzimos a pobreza. Isso tudo é fruto desses 25 anos. Mas falta muito ainda, né? [...] Que o Brasil pode mais, eu tenho certeza. O problema é como fazer.
– Qual é sua posição sobre o papel do Estado? O Estado no Brasil é um pouco obeso. Eu defendo um Estado ativo, que se contrapõe ao Estado paternalista e produtor do passado e ao Estado da inércia e da pasmaceira. Minha opção não é intermediária, mas nova. [...] Se você incha o Estado, você até o enfraquece. A obesidade é uma doença. Não é uma virtude física...
Na prática, um Estado ativo significa o quê? Eu não sou a favor do Estado produtor como ele era no passado, mas isso não significa que você vai retirar o Estado de tudo. Sou a favor do Estado eficiente naquilo que faz e ativista, insisto. É o Estado que regulamenta, em vez de intervir. [...] Agora, eu sou a favor da existência de banco nacional, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica...
Vai manter o tripé baseado em metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal? Olha, sem ser pretensioso, eu tenho a impressão de que quem fez a denominação “tripé” fui eu. [...] Esse tripé está aí para ficar.
Não não há o que mexer? Não. Agora, a forma como você aplica cada uma das coisas não é única, sempre é determinada. Nós não estamos falando de ciências matemáticas ou físicas. E mesmo as físicas, hoje, já são relativas.
O que acha da idéia de dar autonomia para o BC? O BC brasileiro já tem bastante autonomia na prática. Quando falam que querem fazer um banco igual ao FED [banco central americano], isso, na verdade, implicaria ter de mudar totalmente o BC, porque o FED, por exemplo, não tem a função de supervisão bancária. Você teria de fazer uma legislação muito complexa. Não creio que seja necessário.
Privatização virou palavrão no Brasil. Mas há casos, como o dos aeroportos, em que ela parece ser indispensável, não? O termo correto não é privatização, é concessão. Concessão tem um contrato, regras, pode ser quebrada. É completamente diferente de privatização. Eu defendo a concessão de aeroportos. [...] Não é que a concessão é a salvação da lavoura. Mas, quando você faz uma concessão, você tem um cronograma. É a via mais rápida e mais eficiente.
– O governo Lula se aproximou de Cuba, Venezuela e do Irã. Qual é sua opinião sobre essa política externa? Defendo a política de autodeterminação. Você não deve interferir nos assuntos de outros países. Por outro lado, nós temos também uma responsabilidade com direitos humanos e com democracia. O Brasil deve fazer ativamente todas as gestões que puder fazer no sentido de serem respeitados os direitos humanos. Um princípio tem de ser claro. Onde há preso por opinião, não há uma democracia. Isso não significa que não vamos ter relação com esse ou aquele país...

domingo, 4 de abril de 2010

Estratégias Eleitorais RS

O jornal Zero Hora não trata de maneira séria a política do RS. No domingo de páscoa(04/04/10) publicou o que seria as estratégias de cada candidato, na opinião daquele noticioso. Seria hilário se não fosse patético. Este blog fará a seguir uma paródia despretensiosa porém bem mais realista.
As candidaturas de Albuquerque, Pedro Ruas e Montserrat, caso prossigam, servirão de apoio a Tarso, somente. Lara tentará negociar algo melhor no 2º depois de eleita a bancada estadual e como subproduto aparecerá em várias colunas sociais (ele adora um flash). Tarso colará em Lula e explorará com a ajuda da RBS e dos outros 3 candidatos-muletas denúncias falsas sobre Fogaça e Yeda. Fogaça tem chances reias de vencer, mas poderá perder para si mesmo se fizer jogo dúbio entre Serra e Dilma (Rigotto em 2006 caiu nesta armadilha). Yeda também tem chances de vencer se conseguir mostrar suas realizações no governo, montar uma boa base entre os prefeitos, vincular-se aos bons desempenhos de Serra e Ana Amélia Lemos e responder convincentemente aos ataques que sofrerá quando atingir 20% das intenções de votos nas pesquisas sérias.

sábado, 3 de abril de 2010

Pesquisa Eleitoral para o RS 3

Divulgada a pesquisa Datafolha de intenções de votos dos gaúchos para Presidente, Governador(a) e Senadores(as). Aguardávamos que os municipios e a ponderação a eles atribuídas fossem divulgados, conforme registro no TSE, mas o grupo RBS contratante da pesquisa ainda não o fez.
Continuaremos no aguardo.

Pesquisas Eleitorais - Importância

Por que se preocupar com as pesquisas pré-eleitorais?
Porque tanto candidatos como eleitores mudam seus comportamentos de acordo com os resultados das pesquisas.
Por exemplo, nas eleições para governador de 2002, quando fora divulgada pesquisa apontando que Rigotto venceria Tarso num eventual segundo turno entre eles, o candidato do PMDB/PSDB conseguiu transferir votos do então segundo colocado nas pesquisas (Britto – que à época tinha alta rejeição) e tornou-se governador com uma parcela significativa de votos dos eleitores anti-PT.
Não estamos insinuando que aquela pesquisa tenha sido manipulada, mas sim que a sua divulgação alterou, efetivamente, o comportamento de candidatos e eleitores. Daí vem os incentivos para as manipulações metodológicas ou nos números publicados.

Pesquisas Eleitorais - Metodologia

Na mesma linha deste blog, a coluna “painel” da Folha de São Paulo editado pela jornalista Renata Lo Prete, também estranha as metodologias utilizadas pelos institutos de pesquisa. Leia abaixo nota publicada em 03/04/2010:
“Chama a atenção, no questionário de pesquisa Vox Populi sobre a sucessão presidencial com campo em 30 e 31 de março, a inclusão de pergunta relativa aos cargos que os candidatos já ocuparam, quebrando o fluxo das respostas espontânea e estimulada sobre intenção de voto. Esse tipo de procedimento é conhecido por distorcer resultados. Para completar, as opções diante do nome de José Serra (PSDB) estão incompletas. Há apenas "governador" e "governador de São Paulo".”

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Expectativas Roubadas

“o dia não veio,/o bonde não veio,/o riso não veio,/não veio a utopia/e tudo acabou/e tudo fugiu/e tudo mofou,/e agora, José?” (Carlos Drummond de Andrade)


É difícil, senão impossível, alinhavar os adjetivos suntuosos que a marca Brasil recebeu nos últimos anos, somos agora o país que superou a crise antes dos outros, o país do bolsa família, o país da democracia vibrante, o pais do sindicalista, pobre e retirante, que surpreendeu a todos com sua política monetária convencional, com a corrupção convencional e com alianças, também elas, convencionais, fisiológicas e escusas, eis o país que abandonou o futuro em nome do presente.
Em nome do presente, rasgamos a responsabilidade fiscal, desrespeitamos os órgãos de controle da união, ascendemos velas para a esquerda autoritária, para bombas no Irã e, no deserto bíblico, pregamos a paz ideológica, ameaçamos comprar caças por bilhões de dólares sem consultar técnicos ou conveniências éticas que atentam para a transparência, levamos adiante o projeto antiglobalizante de taxar os investimentos externos, mantivemos sedados os articulistas, ameaçamos a imprensa com o “belo” golpe do controle social e, calamos as universidades, somos agora, pasmem, uma potencia que já se diz de outro mundo, afinal, o que poderemos mais?
Nada disso soa estranho aos ouvidos de quem vê, basta sondar as expectativas e veremos que o nosso povo, o mesmo que mantém elevada a popularidade do presidente e aplaude seus discursos, espera receber todas as benesses que não vieram, mas virão. Nesse ponto José, tuas palavras serão duras porque como bem diz o bardo:

Com a chave na mão/ quer abrir a porta,/não existe porta;/quer morrer no mar,/mas o mar secou;/quer ir para Minas,/Minas não há mais./José, e agora?

Eis ai o nosso desatino, a pior herança é a de expectativas que não se realizam, somos o passado do presente, a negação do futuro, porque o máximo que fizemos, com a consternação e omissão de muitos, foi amplificar nossos compromissos com um Estado que só cresceu, alavancamos os bancos públicos para além da conta, e aos pobres de todas querências acenamos com assistencialismos e palavras tortas de um falso profeta que nunca articula a palavra a favor do bom senso. Aumentamos os gastos correntes e com a folha de pagamentos, inchamos a máquina pública, criamos fundos mútuos, verdadeiras cooperativas, para os camaradas, entregamos estatais para a militância, e, findo o ciclo, o que o país parece esperar é a ode à alegria dos campeões, quando o que nos espera é a realidade crua das nossas ineficiências, nossas exclusões, nossa baixa produtividade.
Receberemos nossos filhos (não) educados em escolas lúgubres e mal cuidados, estradas congestionadas e sem sinalização e infra-estrutura adequadas, aeroportos atuando em ponto cegos, e, como nos anos noventa, ainda somos vulneráveis a apagões, nossas fontes de energia não são reais, são feitas de buracos abissais como os negócios de nosso estado, os pais de família e suas crianças não acreditam no esforço árduo e no trabalho digno como possibilidade de mobilidade social real, o que nos prende numa armadilha de desigualdades, e nossos empregos ainda carregam o vicio de ganhos reais nos salários mínimos, enquanto a massa salarial se deteriora, nossa classe c se deslumbra com o consumo sem empregos e/ou oportunidades de gerar a sua própria renda, somos a terra infértil com um passivo em aberto para as próximas gerações, só nos resta torcer por José, mas como no poema, sabemos que não será fácil: “você marcha, José! José, para onde?”
Sabino da Silva Porto Júnior, economista

quarta-feira, 31 de março de 2010

Estado e Governo

A pré-candidata à presidência da república pelo PV, Marina Silva, equivoca-se ao dizer que Serra e Dilma defendem o mesmo modelo para o país.
O PSDB e consequentemente seu pré-candidato José Serra defendem a atuação do "Estado" na economia de forma institucionalizada, regulamentando, estabilizando e dando segurança jurídica a investimentos e a propriedade privada. Conforme a moderna social-democracia.
Já a pré-candidata petista e seu partido defendem e a interferência do "Governo" não só na economia como também na vida privada dos cidadãos de forma circunstancial e oportunista, gerando insegurança social e econômica.
Em suma, Serra é muito diferente de Dilma.

Pesquisa Eleitoral para o RS 2

O Jornal Zero Hora contratou pesquisa cujos questionários circularam ontem e hoje (30 e 31/03/2010). Este blog analisou o questionário e a metodologia registrada no TSE. Aparentemente está tudo ok. Porém, os municípios pesquisados, escolhidos por "sorteio", serão divulgados a posteriori e sua ponderação também (metodologicamente está ok). Esperaremos para saber se serão "sorteados" somente os municípios onde o candidato da RBS é mais forte. Com a pesquisa do Instituto Methodus "aconteceu" esta "coincidência" a favor do pré-candidato do PSB.
PS: A pesquisa levantará a intenção de voto dos eleitores do RS para governador(a), presidente e senadores(as).

Pesquisa Eleitoral para o RS 1

Pode-se perguntar por que alguém contrataria uma pesquisa "furada". Todavia, o contratante recebe o resultado correto e pode divulgar o que bem entender com a cumplicidade do instituto que a executou.

sábado, 27 de março de 2010

O Guru e a Guria

O guru Zé Dirceu previu em 27/12/2009 que a guria Dilma empataria com Serra nas pesquisas da Semana Santa. O consultor onipotente (ou prepotente ou incompetente) do PT errou. E mais, Serra dobrou a diferença. Que fiasco Zé Dirceu (ou seria Paulo, qual é mesmo o nome dele?)

Espaço Democrático de Debate

Os posts deste blog refletem a opinião do Grupo Vozes Tucanas, todavia também é um espaço democrático de debate de IDÉIAS onde opiniões e comentários são bem-vindos, mesmo que sejam contrários às posições publicadas.

Dúvidas Sobre Pesquisas Eleitorias 4

As pesquisas eleitorais tendem a convergir quando o pleito se aproxima, o que levanta certas suspeitas de que, por exemplo, os institutos preferem errar juntos. Se isto for verdade, pode-se perguntar: o que fizeram com suas metodologias? Se elas são iguais, deveriam dar resultados semelhantes desde o início e não somente quando a eleição se aproxima. Se as metodologias são diferentes, então vários resultados seriam possíveis.
Agora, errar nas pesquisas bocas-de-urna somente podem indicar incompetência do instituto.

Dúvidas Sobre Pesquisas Eleitorais 3

Além do contraponto diagnóstico/prognóstico, as pesquisas eleitorais também enfrentam o dilema técnico/político. Uma pesquisa técnica faria um diagnóstico, ou mesmo um prognóstico, com uma boa metodologia, aplicada a uma boa amostra. O adjetivo "boa" indica conformidade com os critérios das teorias e métodos estatísticos. Uma pesquisa política corrompe pelo menos um dos critérios e resulta num diagnóstico ou prognóstico com coloração ideológica. O prognóstico é mais vulnerável a ser corrompido.

Dúvidas Sobre Pesquisas Eleitorais 2

Tem-se a impressão que os institutos de pesquisas eleitorais estão lendo este blog, visto que esta semana diretores de quatro deles se reuniram e, sabendo ou não, nos pouparam o trabalho de fazer uma enquete para responder às questões levantadas em post anterior.
Bem, o grande ponto foi destacado pelo diretor do Datafolha que disse: “pesquisa é diagnóstico e não prognóstico”. Perfeito. Esta frase contrapõe o que havia dito o diretor do Vox Populi, que afirmou que a candidata Dilma venceria no 1º turno. A questão é a seguinte: o que dirá este diretor após a última pesquisa do Datafolha, segundo a qual Serra recuperou 5 pontos e Dilma caiu 1 ponto? Isto não se sabe, mas deveria ser algo neste sentido:
1 - Se pesquisa é diagnóstico, então deveria-se afirmar que, se a eleição fosse hoje, Serra provavelmente venceria.
2 - Se pesquisa é prognóstico, então a afirmação seria que Serra vencerá em outubro, dada a reversão das curvas.

terça-feira, 23 de março de 2010

Dúvidas sobre Pesquisas Eleitorais 1

A justiça eleitoral pode impugnar uma pesquisa eleitoral antes de ser realizada, caso esta contenha algum viés? Quando o instituto registra a proposta de pesquisa na justiça eleitoral, esta analisa o conteúdo ou apenas a registra?

A Lei (art. 33 da Lei nº 9.504/97) obriga os institutos a registrar a pesquisa perante a Justiça Eleitoral cinco dias antes de sua veiculação. No prazo de vinte e quatro horas desse registro, a Justiça publica um aviso do registro dessa pesquisa, de forma a que os partidos possam analisá-la (e, se for o caso, impugná-la, etc.). Ou seja, a Justiça Eleitoral não se manifesta sobre a pesquisa. Se ela tiver algum defeito metodológico, cabe aos interessados apontá-lo. Caso seja verificado que a pesquisa é simplesmente fraudulenta, aí o responsável poderá ser penalizado.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dúvidas sobre Pesquisas Eleitorais

Nos próximos dias tentaremos responder às questões/dúvidas abaixo:
1 - Por que há diferença - às vezes bem grandes - entre as pesquisas divulgadas pelos diversos institutos de pesquisa?
2 - Metodologias parecidas podem dar resultados muito discrepantes? Ou ainda, metodologias muito diferentes podem dar resultados parecidos?
3 - Se os institutos utilizam metodologias diferentes com resultados tão diversos, por que na semana que antecede o pleito os resultados das pesquisas convergem?
4 - É possível/prudente confiarmos nos institutos de pesquisa?
5 - Pode haver algum instituto que utilize uma amostra viesada para burlar as regras do TSE e favorecer o contratante da pesquisa?
6 - Sempre há uma desculpa para uma pesquisa mal feita cujo o resultado não foi confirmado na urna?

Pesquisa Methodus

O Instituto Methodus divulgou pesquisa hoje (22/03/10) sobre intenções de voto para Presidente, Governador(a) e Senador no RS. Assim como todas as outras divulgadas, esta também gerou contestações. Dei-me ao trabalho de consultá-la no sítio do Instituto e constatei que a última pergunta está colocada de maneira duvidosa, demonstrando certa incoerência com o resultado de perguntas anteriores da mesma pesquisa. Vamos à análise:
1) Por que na pergunta são mencionados Yeda, PMDB e PT e não PSDB, PMDB e PT (ou ainda, Yeda, Rigotto e Olívio)?
2) O resultado da pesquisa estimulada para Governador(a) aponta Yeda com 9,7%, porém na pergunta sobre o melhor para o RS, 14,1% apontaram que Yeda deve continuar. Ora, será que o mesmo eleitor que acredita que Yeda deve continuar declararia intenção de voto em outro candidato?
Este blog postará novos posts sobre pesquisas eleitorais em breve.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Prévias

O grupo Vozes Tucanas sempre foi defensor da idéia da realização de prévias que dão legitimidade e mobilizam positivamente a militância. Abaixo estamos postando um trecho do editorial do jornal Folha de São Paulo de hoje sobre o tema:
“Serra ou não Serra, Aécio ou não Aécio, os nomes perdem em importância; o que ressalta, acima de tudo, é o modo com que a vida política no Brasil parece distante dos padrões de uma democracia moderna. De um lado, surge uma candidata inventada pelo cesarismo presidencial; de outro, ambições pessoais se desfazem em picuinhas e sussurros, sem nada de significativo a apresentar para a população.”

"Democracia" chinesa

No momento estou participando de um curso em Paris do qual participam vários estrangeiros. Ontem uma aluna chinesa, em meio aos debates, perguntou:
- Professora, o que é "oposição"?
Eis mais uma prova cabal da inexistência de democracia na China.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Bolsa-Família e Mérito

Jogada de mestre do PSDB. Marca posição na meritocracia; marca que os principais programas sociais são tucanos; o PT não pode dizer que é populista; nem fazer terrorismo, dizendo que o PSDB vai acabar com o Bolsa-família. Veja a notícia abaixo.
A Comissão de Educação do Senado aprovou ontem, em caráter terminativo, projeto de lei do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que prevê aumento do benefício do Bolsa Família para famílias em que as crianças tenham um bom desempenho escolar.
Defensor da proposta, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que apoia o texto mesmo sem a adesão de parte da base governista à matéria. "Discriminação é achar que filho de pobre não tem que ter bom desempenho escolar", afirmou o senador.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Free Rider – O caronista

Quem diria? Quatro anos atrás o PP rejeitou totalmente o PSDB. Diziam que o PSDB era pequeno demais para que o PP compusesse uma chapa na condição de vice. Hoje eles aceitam ser vice, uma vaga para candidatura ao senado e mais a coligação nas proporcionais. O PSDB é, de fato, pequeno no RS, mas tem voto e com candidatura forte para Presidente e Governador(a) deve alavancar alguns deputados (federais e estaduais) e o PP quer pegar carona (free-rider).
A propósito, somos favoráveis a coligação com o PP, mas não a qualquer preço.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

G-20 Sacode Conceitos

O conceito de G-20 contrapõe os conceitos de países subdesenvolvidos, terceiro mundo, menos avançados, emergentes etc, e também os critérios econômicos, sociais e políticos de poder. Desde sua criação, o G-20 passou a ser o fórum mais importante de discussão sobre a agenda internacional, influenciando direta ou indiretamente as instituições internacionais que executarão os programas.
É interessante notar certa euforia devido a incorporação de nações emergentes num clube do qual participavam somente os ricos – mas isso, de fato, muda muito pouco em termos de representatividade. Anteriormente, sete países ricos decidiam os rumos do mundo, somente sete entre cerca de duzentos países. Era 3,5%, hoje é 10%, bem mais do que antes, mais ainda muito pouco. Em termos de PIB ocorre o mesmo, pois continuamos a ter as nações com maiores rendas decidindo por todos.
Claro está que o sistema internacional não é uma democracia direta de nações, todavia pela primeira vez, dentro do sistema de estados nacionais, teremos um grupo heterogêneo de potências tomando as decisões. Também deve-se ter em mente que o fato de participarem do mesmo clube não os torna iguais. Entre os sócios deste clube há aqueles que têm poder de veto - se não de direito, o tem de fato. Isto quer dizer que certas nações dificilmente terão seus interesses contrariados. Caso não se chegue a uma solução satisfatória para estas superpotências, gera-se um impasse até que surjam novas circunstâncias que possibilitem um acordo. O que não está claro é como se comportarão os novos sócios. Farão alianças entre si, com os antigos sócios, agirão isoladamente em nome de seus interesses somente, ou representarão aqueles que ficaram de fora visando consolidarem-se como líderes de suas regiões?
Difícil sabermos como se chegou ao elenco do G-20. Muitas questões estão sem respostas, como, por exemplo, se o único critério foi o PIB, por que Holanda e Espanha não entraram? Se respondermos que estes estão representados pela União Européia, então cabem outras duas perguntas. Por que França, Itália, Inglaterra e Alemanha? Se o critério é nações, por que a União Européia? Como estas perguntas não têm respostas satisfatórias pode-se concluir que critérios geopolíticos influenciaram, tais como extensão territorial, população e localização no globo. Parece que estes são os recursos de poder econômico que regem as relações políticas e econômicas internacionais.
Mauro Salvo, economista

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Contre Nous de la Tyrannie

Aux armes, citoyens,
Formez vos bataillons,
Marchons, marchons !

Le jour de gloire est arrivé !

O CAPITALISMO E A VAIDADE

Costuma-se dizer que o capitalismo é eficiente em produzir riqueza, mas não em distribuí-la, ao passo que o socialismo foi eficiente em distribuir riqueza e não em produzi-la. Os socialistas que se julgam mais preocupados com o aspecto humano, parece não terem percebido que as pessoas têm outros sentimentos além de fome e frio. No socialismo ao satisfazer as necessidades básicas nada resta a fazer. Teoricamente todos têm as mesmas posses, não há expectativas. Há uma frustração coletiva, principalmente dos mais capazes, devido ao nivelamento. O real significado da igualdade não foi compreendido pelos socialistas.
O grande mérito do capitalismo, até então, tem sido, mais do que produzir riquezas, produzir expectativas. É esta particularidade que tem feito o capitalismo sobreviver a várias crises. É a ligação entre as expectativas criadas pelo capitalismo e a vaidade humana que lhe dá vida. A vaidade como vício, a necessidade de chamarmos a atenção dos outros, de sermos diferentes, amados, invejados encontrou terreno fértil no capitalismo.
Marx chamou de fetiche da mercadoria a percepção por parte do proletariado de que as mercadorias são dotadas de vida própria, mascarando a apropriação pelo capitalista de parcela do trabalho humano. Esta visão parece correta, mas está incompleta. As mercadorias representam, de fato, a possibilidade do consumidor materializar sua vaidade. O carro novo, por exemplo, é tido como mais do que um meio de transporte, ele significa, também, o quão diferente seu proprietário é. Quanto mais exclusiva a mercadoria, melhor. Isto nos dá prazer, nos vicia – é o vício da vaidade.
O consumismo, exorcizado no socialismo, tornou-se a alma do capitalismo. O consumismo, não raro, é popularmente citado como remédio para baixa auto-estima ou depressão (com resultado duvidoso, é verdade). O estudo do comportamento do consumidor na teoria microeconômica já diagnosticou atitudes às quais classificou de efeito demonstração, caracterizando-se pela situação na qual elementos de estratos sociais mais pobres imitam os hábitos de consumo dos mais ricos.
O capitalismo é ineficiente na distribuição de riqueza, porém é muito eficiente na distribuição de expectativas. Melhor do que massificar mercadorias o capitalismo massificou esperança. No capitalismo todos têm a expectativa de se destacarem algum dia. Embora qualquer análise menos emocionada levasse facilmente a conclusão de que esta probabilidade é pequena, a vaidade nos entorpece a ponto de nos fazer crer numa grande possibilidade.
Pode-se concluir que o capitalismo entra em crise quando falha em produzir expectativas, frustrando nossas vaidades, e tem seu auge quando é fértil em expectativas, alimentando nossas vaidades.
Mauro Salvo, economista

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Parlamentarismo - A Reforma Fundamental

O Brasil, no que diz respeito à democracia, obteve avanços significativos e surpreendentes nos últimos anos. Entre eles podemos destacar a assembléia constituinte que resultou na constituição cidadã de 88; as eleições diretas em 89 e o impeachment em 92; a eleição em dois turnos e a reeleição; a ascensão ao poder da social democracia, relegando papel coadjuvante a setores oligárquicos da política nacional; a implementação de reformas econômicas e sociais que tornaram a administração pública mais transparente, como, por exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal.
No entanto, podemos avançar muito mais. Ainda há muitos problemas a serem sanados no campo político e somente uma ampla reforma poderá resolvê-los. Na prática, temos um sistema misto com algumas características do parlamentarismo e outras do presidencialismo. Reformas pontuais não resolverão o problema central. A reforma fundamental do nosso sistema político será a implantação do parlamentarismo e há fortes motivos para acreditar que esta seria capaz de ajudar, e muito, a resolver nossas mazelas políticas.
Primeiramente, o parlamentarismo promove a diferenciação entre Estado e Governo, condição necessária para o fortalecimento, através do aumento da autonomia, de instituições como o congresso nacional, o judiciário, autarquias e estatais. Esta separação também permite que o Estado tenha uma gestão técnica livre de ingerências políticas, o que favorece o controle por parte dos eleitores. Além disso, a definição de papéis entre Estado e Governo reduz a possibilidade da política do toma-lá-dá-cá, tornando as negociações parlamentares mais claras. Com esta medida também resolveríamos a questão das Medidas Provisórias, já que a maioria delas são de ordem administrativa. Ao fortalecer o legislativo acaba-se com o personalismo na política, inibindo que aventureiros (no estilo “salvador da pátria”, como Collor) consigam chegar a presidência e exercê-la de forma despótica.
Um segundo aspecto é o aumento da participação popular através de uma maior representatividade. O governo passa a ser exercido pelo parlamento, onde há representantes de vários partidos e de todos os estados, o que dificulta a atividade dos lobbistas. Com ações mais nítidas, os parlamentares serão obrigados a representar seus eleitores e não aos financiadores de suas campanhas, o que resultará, com o tempo, em maior consciência política. Por fim, automaticamente, teríamos uma reforma partidária efetiva, uma vez que os partidos ajustariam-se em torno de alguma ideologia. Isso diminuiria o fisiologismo, as siglas de aluguel, o troca-troca de partidos e o oportunismo.
Em suma, como boa parte dos problemas políticos do país derivam do presidencialismo, é urgente a implantação do parlamentarismo. Só este nos levará a atingir um maior grau de democracia que, se por si só não resolve tudo, pelo menos cria o ambiente necessário para isto.
Mauro Salvo, Economista

Contratos e instituições – respeite-os

A economia da Venezuela sucumbe não só porque um presidente populista, irresponsável e com forte pendor autoritário impõe o silêncio sobre a oposição e pratica um intervencionismo estatal em todas as esferas da vida econômica. Esses danos reais são a parte visível e cruel dos desmandos de idéias mortas carregadas de passadismo e de uma visão obtusa de arranjos sociais. O mais grave, porém, é que esse não é o mal maior, o que está se perdendo naquele país são as instituições, as regras, incentivos e contratos que permitem um arranjo social equilibrado.
Contratos e instituições, essas abstrações, são a essência de uma economia livre e moderna, precisamos de regras estáveis, de contratos honrados ao pé da letra, tanto quanto precisamos de infra-estrutura, máquinas e recursos para investimento, esse capital social é tão importante quanto o capital humano para induzir um ambiente de negócios que favoreça o empreendedorismo, a inclusão social e uma economia próspera e justa. O desafio do desenvolvimento no começo do novo século é desenhar e implementar boas regras e incentivos para que os cidadãos livres possam obter uma vida plena e digna com o fruto de suas escolhas por trabalho, inclusive.
Romper isso, romper a crença na obediência a regras e contratos é uma armadilha que, necessariamente, redunda em pobreza endêmica, violência, corrupção e criminalidade generalizada. O estado intervencionista do passado rompeu contratos e impôs restrições aos negócios, condenando gerações a um ambiente de ineficiência, concentração de renda, pobreza absoluta e baixa taxa de crescimento econômico com inflação elevada. Hoje sonhamos com uma sociedade livre e justa onde os indivíduos possam escolher a vida que querem ter.
Sabino da Silva Porto Júnior, Economista

O Mito da Polarização

Há um adágio que diz que o acaso é a medida de nossa ignorância. Com a proximidade de novas eleições para o governo do estado mais uma vez analista políticos – cientistas políticos ou jornalistas – voltam a incorrer no mesmo equívoco, qual seja, crer no mito da polarização na política gaúcha, ou a síndrome maragatos-chimangos. Atribuem ao acaso o que não souberam explicar.
Houve polarização quando se apresentou apenas duas candidaturas viáveis, foram os casos das eleições de 1994 e 1998. Em 2002 e 2006 quando apresentou-se uma terceira candidatura viável e que soube entender melhor o que esperava o eleitor médio gaúcho esta saiu-se vitoriosa. Portanto, não basta apenas apresentar-se como uma terceira opção e esperar que ocorra novamente o tal “fenômeno” das últimas duas eleições (leia-se, eleição de Rigotto e Yeda, respectivamente) que não eram apontados pelos “analistas” como favoritos. É fundamental que se compreenda e saiba colocar durante a campanha a candidatura como sendo a resposta para os anseios – volúveis - do eleitor médio.
Se houvesse polarização as pesquisas não indicariam mais de 60% de indecisos, nem mesmo quatro pré-candidatos com condições de se eleger. A indefinição do pleito é total, mas o(a) vencedor(a) não sairá por acaso.
Mauro Salvo, economista.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Inaugurado

Tucanas e Tucanos

Declaro Inaugurado o Blog do grupo "VOZES TUCANAS".
Todos estão convidados a participar.
Sejam Bem-Vindos.