Sobre o texto abaixo, retirado do sítio do TSE e apresentado como sendo a metodologia utilizada em pesquisas pré-eleitorais por alguns institutos, não dá para saber o que exatamente foi feito. Parece que sortearam, primeiro, cidades pelo tamanho, e depois preencheram quotas derivadas das variáveis de estratificação (sexo, idade, etc...). O procedimento seria legítimo se e somente se os eleitores de municípios de mesmo tamanho tivessem perfis de preferências políticas semelhantes. Ora, isso é uma tolice que, de tão grande e grosseira, chega às raias do inacreditável. Basta tomar alguns municípios de tamanhos parecidos e ver que não só os prefeitos são de coligações diferentes, mas a composição partidária das Câmaras de Vereadores apresenta uma senhora variabilidade. Se fizeram-no de fato, a pesquisa tem um erro metodológico tão severo que a inutiliza por inteiro.
Veja o texto: “A amostra é representativa do eleitorado em estudo, elaborada em dois estágios: No primeiro estágio fez-se o sorteio dos municípios tomando-se o número de eleitores residentes do município como critério para a estratificação da amostra. No segundo estágio, dentro de cada município foram aplicadas cotas amostrais, proporcionais em função de variáveis significativas, a saber: sexo, idade, escolaridade e nível sócio-econômico, de acordo com o perfil do eleitorado do estado. Devido à metodologia amostral adotada, a pesquisa é auto-ponderada, ou seja, as proporções do universo pesquisado estão previstas na amostra, não sendo necessário nenhum tipo de ponderação, quanto à sexo, idade, escolaridade e nível sócio-econômico. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada, considerando-se um modelo de amostragem aleatória simples, é de 2,6% pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.”
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