Há um adágio que diz que o acaso é a medida de nossa ignorância. Com a proximidade de novas eleições para o governo do estado mais uma vez analista políticos – cientistas políticos ou jornalistas – voltam a incorrer no mesmo equívoco, qual seja, crer no mito da polarização na política gaúcha, ou a síndrome maragatos-chimangos. Atribuem ao acaso o que não souberam explicar.
Houve polarização quando se apresentou apenas duas candidaturas viáveis, foram os casos das eleições de 1994 e 1998. Em 2002 e 2006 quando apresentou-se uma terceira candidatura viável e que soube entender melhor o que esperava o eleitor médio gaúcho esta saiu-se vitoriosa. Portanto, não basta apenas apresentar-se como uma terceira opção e esperar que ocorra novamente o tal “fenômeno” das últimas duas eleições (leia-se, eleição de Rigotto e Yeda, respectivamente) que não eram apontados pelos “analistas” como favoritos. É fundamental que se compreenda e saiba colocar durante a campanha a candidatura como sendo a resposta para os anseios – volúveis - do eleitor médio.
Se houvesse polarização as pesquisas não indicariam mais de 60% de indecisos, nem mesmo quatro pré-candidatos com condições de se eleger. A indefinição do pleito é total, mas o(a) vencedor(a) não sairá por acaso.
Mauro Salvo, economista.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
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